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Importante passo em direção a uma vacina contra o HIV

As vacinas são uma ferramenta essencial para a prevenção e o tratamento de doenças infecciosas graves, como a poliomielite, varicela e sarampo. Mas até agora não foi possível desenvolver vacinas capazes de contribuir para o tratamento e prevenção de doenças infecciosas crônicas como o HIV e a hepatite C. Até agora.

Uma nova pesquisa – desenvolvida pela Universidade de Copenhague (Dinamarca) – prepara o caminho para vacinas que, ao contrário dos métodos convencionais, impulsionam as partes do sistema imunológico atacando os genes virais, que são os menos ativos durante a infecção. Isso prolonga a resistência do sistema imunológico ao vírus.


Vacinas tradicionais normalmente causam uma forte estimulação das partes do sistema imunológico, que são mais sensíveis ao vírus específico. Mas a reação à vacina e à infecção é muitas vezes tão intensa que o sistema imunológico "perde momentum" e consequentemente não é capaz de eliminar completamente o vírus. Os investigadores têm, portanto, concebido uma vacina que impulsiona as células do sistema imunológico responsável pelas partes menos expostas do vírus. Como resultado, as células são capazes de distribuir a "carga de trabalho" e manter a defesa contra o ataque de vírus por um longo período de tempo. Isso dá ao sistema imunológico tempo para construir uma defesa mais eficiente, que pode então derrotar o restante do vírus.


"Nós estamos apresentando uma solução de vacina completamente nova. Nossa vacina apoia o trabalho do sistema imunológico no desenvolvimento de um mecanismo de combate eficaz contra o vírus, em vez de combater imediatamente as partes mais difíceis do vírus. Em combinação com outras vacinas, esta abordagem pode apresentar um efeito altamente eficiente", diz o chefe da equipe de pesquisa e professor associado Peter Holst do Departamento de Imunologia e Microbiologia.


Em 2008, a equipe de pesquisa decidiu desenvolver uma nova estratégia de vacina, que gera as então chamadas respostas imunes fortes contra as partes imuno-estimulantes fracas do vírus. Inicialmente, as pesquisas se concentraram em experimentos em camundongos e mais tarde em macacos.


Agora, os resultados da equipe de pesquisa mostram que esta tecnologia pode controlar a infecção pelo vírus SIV (vírus da imunodeficiência símia) em macacos. SIV é uma doença infecciosa crônica e uma representação altamente realista do HIV. Os resultados são um passo importante no desenvolvimento de uma vacina contra o HIV e outras infecções crônicas.


"A próxima fase do nosso trabalho é construir o controle de vírus em todos os animais infectados e mais tarde em seres humanos. Estamos convencidos de que é possível identificar melhorias adicionais em nossos experimentos e, assim, conseguir uma vacina que funcione bem, inicialmente contra o HIV, mas também contra outras infecções crônicas ", diz Peter Holst.

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